O que fazer em Sucre Bolívia

O que fazer em Sucre Bolívia – Parte 2: Nossa Jornada pela Cidade Branca

Leonardo Monteiro

Do Aeroporto de Guarulhos ao Coração da Bolívia

Se você acompanhou nossa primeira parte da jornada do Rio para Bolívia, sabe que chegamos ao aeroporto de Guarulhos às 06:30, com o coração acelerado e aquela mistura de ansiedade e euforia que só uma primeira viagem internacional pode despertar. Cristiane estava nervosa com a altitude, eu, Leonardo, tentava parecer confiante, mas por dentro tinha mil dúvidas sobre como seria nossa chegada à Bolívia. Será que conseguiríamos nos comunicar? E se não encontrássemos o hotel? E a famosa altitude de Sucre?

Hoje vou compartilhar com vocês o que fazer em Sucre Bolívia através da nossa experiência real, com todos os detalhes, erros, acertos e descobertas que fizeram desta viagem um divisor de águas em nossas vidas. Prepare-se para conhecer a Cidade Branca pelos nossos olhos e descobrir por que Sucre se tornou muito mais do que um destino – tornou-se a prova de que viajar pode ser mais simples e transformador do que imaginávamos.

O Voo que Mudou Tudo: De Guarulhos a Santa Cruz de la Sierra

No dia 27 de março de 2025, às 06:30, estávamos lá: eu, Leonardo, Cristiane (minha esposa), Filipe (meu melhor amigo) e Queila (esposa do Filipe) no terminal internacional do aeroporto de Guarulhos. O nervosismo era palpável, mas também havia uma energia contagiante no ar.

Nosso voo partiu pontualmente às 09:30 em direção ao aeroporto Santa Cruz de la Sierra – um dos principais portões de entrada para quem quer descobrir o que fazer em Sucre Bolívia. E por volta de 11:35 da mesma manhã, estávamos pousando no aeroporto VVI em Santa Cruz de La Sierra.

Para quem está planejando essa rota, recomendo conferir os voos da Gol Linhas Aéreas que oferece excelente conectividade entre o Brasil e a Bolívia. A primeira sensação? Alívio absoluto. Havíamos cruzado a fronteira, pisado em solo boliviano, e o mundo não havia acabado! Pelo contrário, as pessoas eram simpáticas, o aeroporto organizado, e nossos medos iniciais começaram a se dissipar como névoa matinal.

A Conexão Que Nos Levou ao Coração de Sucre

Após um almoço tranquilo no aeroporto de Santa Cruz, chegou o momento da segunda etapa da nossa viagem Bolívia roteiro: o voo para Sucre, capital constitucional da Bolívia. Às 16:25, horário local, embarcamos no voo da empresa BOA – Boliviana de Aviação rumo ao aeroporto de Sucre (SRE).

O que não esperávamos era a visão deslumbrante durante o voo. Através da janela, pudemos contemplar as montanhas andinas se erguendo majestosas, um mosaico de cores que variava do dourado ao verde intenso. Às 17:10, tocamos o solo em Sucre, e foi neste momento que nossa verdadeira jornada boliviana começou.

Se você está planejando essa mesma rota, vale conferir nosso Guia Completo para Planejar sua Viagem com Segurança e Economia. para otimizar seu tempo de viagem.

O Primeiro Impacto: Altitude, Beleza e a Realidade de Sucre

Ao desembarcar em Sucre, a altitude nos cumprimentou pessoalmente. Era como se o ar tivesse ficado mais rarefeito de repente – uma leve dor de cabeça e certa dificuldade para respirar nos lembraram que estávamos a 2.810 metros acima do nível do mar. Para quem vem do Rio de Janeiro, essa dica viagem Sucre altitude é fundamental: hidrate-se bastante, evite álcool nas primeiras horas e caminhe devagar.

Segundo o site oficial de turismo da Bolívia, Sucre está localizada a uma altitude que pode causar desconforto inicial, mas com as precauções adequadas, a adaptação é rápida. Confira nossas dicas completas para lidar com altitude na Bolívia para uma viagem mais confortável.

Chamamos um táxi – uma experiência cultural em si – e seguimos para o Hotel Mi Pueblo Samary Hotel Boutique. A cidade que se revelava através da janela do carro era de tirar o fôlego: fachadas brancas impecavelmente conservadas, telhados de terracota marrom que pareciam formar um mar infinito de tons terrosos, e uma atmosfera de tranquilidade que contrastava totalmente com a agitação carioca.

Hotel Mi Pueblo Samary: Nosso Refúgio na Cidade Branca

O Hotel Mi Pueblo Samary Sucre superou todas as nossas expectativas. Por $79 dólares a diária, encontramos um verdadeiro oásis: quartos aconchegantes, limpeza impecável, e uma atmosfera que misturava charme colonial com conforto moderno. A vista do nosso quarto para os telhados marrons de Sucre era como uma pintura viva que mudava de cor conforme a luz do dia.

Para quem busca hospedagem similar, recomendo conferir as opções no Booking.com que oferece excelente custo-benefício. Também vale consultar nosso ranking dos melhores hotéis em Sucre para outras alternativas.

Nossa reserva era apenas do dia 27/03 até 28/03, mas a cidade nos enfeitiçou de tal forma que decidimos estender nossa estadia. Há algo mágico em Sucre que captura o coração do viajante – talvez seja a tranquilidade de suas ruas, a beleza arquitetônica ou simplesmente a sensação de estar em um lugar onde o tempo passa mais devagar.

Nossa Primeira Noite: Descobrindo os Sabores de Sucre

Depois de nos acomodarmos no hotel, chegou o momento de explorar a gastronomia local. Encontramos o restaurante Terraza 625, que você pode conhecer melhor através do Instagram oficial, um local fantástico com preço super acessível e ambiente característico ao ar livre. Foi nossa primeira experiência com a comida típica Bolívia Sucre, e que experiência foi!

O ambiente do restaurante, com suas mesas ao ar livre e decoração rústica, criava uma atmosfera perfeita para nossa primeira noite boliviana. Os pratos eram fartos, saborosos e nos deram um gostinho do que viria pela frente em nossa jornada gastronômica. Se você quer conhecer mais sobre a culinária boliviana tradicional, temos um guia completo dos sabores locais.

Plaza 25 de Mayo: Onde a História da Bolívia Começou

Após o jantar, fomos caminhando até a famosa Plaza 25 de Mayo – e que caminhada transformadora foi essa! Esta praça não é apenas um ponto turístico; é o coração histórico da Bolívia, o local onde a independência do país foi anunciada em 1809.

A Plaza 25 de Mayo é uma obra-prima da arquitetura colonial que combina perfeitamente história e beleza. Rodeada por edifícios históricos pintados de branco imaculado, incluindo a Casa de la Libertad (onde foi assinada a declaração de independência da Bolívia) e a majestosa Catedral Metropolitana, a praça é um verdadeiro museu a céu aberto.

Segundo a UNESCO, que declarou Sucre como Patrimônio Mundial em 1991, a cidade representa “um excelente exemplo da mistura arquitetônica alcançada na América Latina”. Para entender melhor o contexto histórico, recomendo nosso artigo sobre a independência da Bolívia e seus marcos históricos.

No centro da praça, ergue-se o monumento ao libertador Antonio José de Sucre, primeiro presidente da Bolívia e homem que deu nome à cidade. Durante a época colonial, esta praça era conhecida como Plaza Mayor ou Plaza de Armas, sendo o centro político, religioso e social da região.

Apesar do frio de 14° graus, conseguimos curtir bastante e tiramos diversas fotos. Há algo mágico em estar no local exato onde nasceu uma nação, onde homens corajosos decidiram lutar pela liberdade há mais de 200 anos. A energia do lugar é palpável, mesmo para quem não é muito ligado em história.

Parque Simón Bolívar: Europa no Coração dos Andes

Após nossa experiência na Plaza 25 de Mayo, decidimos explorar outro tesouro de Sucre: o Parque Simón Bolívar. O que descobrimos ali foi absolutamente surreal – no coração da Bolívia, a mais de 2.800 metros de altitude, encontramos réplicas da Torre Eiffel e do Arco do Triunfo de Paris!

O Parque Simón Bolívar é uma das maiores curiosidades arquitetônicas da América do Sul. Construído como um tributo à cultura francesa, o parque abriga uma versão em escala da Torre Eiffel de 37 metros de altura e uma réplica detalhada do Arco do Triunfo. Segundo o Atlas Obscura, estas réplicas foram construídas na década de 1960 como parte de um projeto de modernização da cidade.

A sensação de estar diante da Torre Eiffel com os Andes bolivianos como pano de fundo é indescritível. É como se dois mundos se encontrassem em harmonia perfeita – a elegância parisiense e a majestade andina criando uma experiência visual única no mundo.

Mas a verdadeira estrela do parque foi o sorvete da Sandra! Uma senhora simpática que vende os sorvetes artesanais mais deliciosos que já provamos. Seus sorvetes de frutas típicas bolivianas como chirimoya e tumbo nos fizeram entender por que ela é uma instituição local. O contraste entre o frio andino e o sorvete gelado criou uma experiência sensorial inesquecível.

[Adicionar foto aqui: Réplica da Torre Eiffel no Parque Simón Bolívar com as montanhas andinas ao fundo, criando um contraste único entre Europa e América do Sul]

Mirador de La Recoleta: Sucre aos Nossos Pés

Ainda no primeiro dia, subimos até o Mirador de La Recoleta, e que recompensa nos aguardava! Após uma caminhada íngreme de 20 minutos saindo da praça principal, chegamos ao ponto mais privilegiado para contemplar Sucre em sua totalidade.

Do Mirador de La Recoleta, toda a Cidade Branca se estende diante dos olhos como um tapete de fachadas alvas pontilhado pelos telhados marrons. A vista panorâmica revela por que Sucre é considerada uma das cidades mais belas da América do Sul. Dali conseguimos identificar todos os pontos que havíamos visitado: a Plaza 25 de Mayo parecia um pequeno jardim, a Catedral se destacava majestosa, e as ruas coloniais se desenhavam em um padrão geométrico perfeito.

Segundo o Lonely Planet, este mirador oferece “uma das vistas mais espetaculares de qualquer cidade colonial sul-americana”. O momento do pôr do sol foi mágico – as fachadas brancas ganharam tons dourados, e toda a cidade pareceu brilhar como uma joia engastada entre as montanhas.

O Convento Franciscano de La Recoleta, datado do século XVII, adiciona um toque histórico especial ao local. Suas paredes coloniais e jardins internos contam a história da presença franciscana na região e oferecem um refúgio de paz e contemplação.

Um Café da Manhã com Vista Privilegiada

No dia 28/03, acordamos cedo para aproveitar cada momento em Sucre. O café da manhã no Hotel Mi Pueblo Samary foi uma experiência inesquecível: muita qualidade, muito bem servido e com uma vista fantástica para os telhados da cidade.

Imaginem só: acordar e tomar café contemplando o mar de telhados marrons da Cidade Branca, com as montanhas andinas servindo de moldura natural. Era como se estivéssemos vivendo em um cartão-postal, mas era real, estava acontecendo conosco. Para dicas sobre onde encontrar os melhores cafés da manhã em Sucre, criamos um guia especial.

Conhecendo o Sr. Armando: Nosso Guia Autêntico

Após o café da manhã, fomos andar pela cidade e, ao chegarmos à praça, encontramos o Sr. Armando oferecendo seus serviços como guia turístico. Esta é uma dica valiosa para quem quer saber o que fazer em Sucre Bolívia: os guias locais oferecem uma perspectiva autêntica que nenhum aplicativo ou site pode proporcionar.

Decidimos aceitar o serviço, e quando chegamos ao local onde o carro do Sr. Armando estava estacionado, tivemos uma surpresa que se tornou uma das memórias mais divertidas da viagem: o carro era uma raridade, caindo aos pedaços, com vidros que não fechavam. Mas era exatamente a experiência local que queríamos!

Para quem prefere tours organizados, também recomendamos os passeios da Civitatis em Sucre que oferecem opções mais estruturadas.

Parque Cretácico: Viagem no Tempo aos Dinossauros

O primeiro local que o Sr. Armando nos levou foi algo que mudou completamente nossa perspectiva sobre paleontologia: o Parque Cretácico Sucre dinossauros, localizado na Portland Cimento de Sucre, cerca de 30 minutos do centro da cidade.

O Parque Cretácico foi criado para conservar Cal Orck’o, um sítio paleontológico que abriga a maior coleção de pegadas de dinossauros do mundo. São mais de 5.000 pegadas fossilizadas de 294 espécies diferentes de dinossauros que viveram há 68 milhões de anos!

O destaque são as pegadas originais de dinossauros, onde é possível ver os rastros de diferentes espécies gravados em uma parede calcária de 1.200 metros de comprimento e 80 metros de altura. A maior fileira de pegadas possui cerca de 400 metros – imaginem a emoção de estar diante de rastros deixados por titanossauros e outros gigantes pré-históricos!

Segundo pesquisadores do Museu Nacional de História Natural dos EUA, este é um dos sítios paleontológicos mais importantes do mundo. O que torna este local ainda mais impressionante é que o movimento das placas tectônicas inclinou o chão que era originalmente plano, favorecendo a observação do conjunto das pegadas. Foi uma descoberta acidental em 1985, quando trabalhadores da fábrica de cimento notaram formações estranhas na parede da pedreira.

Tiramos muitas fotos, gravamos diversos vídeos e aprendemos coisas tão profundas sobre a história da Terra que nossa perspectiva sobre a vida mudou completamente. Como é humilhante e ao mesmo tempo inspirador estar diante de evidências de que a vida na Terra é muito mais antiga e resiliente do que imaginamos!

Para quem se interessou pelo tema, recomendo nosso guia completo dos sítios paleontológicos da América do Sul.

Uma Experiência Gastronômica Autêntica (Nem Sempre é Como Esperamos)

Para o almoço, pedimos ao Sr. Armando que nos levasse ao restaurante mais local possível para conhecermos as raízes da comida típica Bolívia Sucre. Ele nos levou ao Rolos’s Restaurant, que vocês podem conhecer através do Instagram oficial, e aqui vai uma confissão honesta: para mim, Leonardo, a experiência não foi muito boa.

Apesar de um prato farto e bem colorido, o sabor não estava à altura das expectativas. O tempero não aparecia, tudo parecia aguado e, para completar a experiência cultural extrema, havia uma língua de boi inteira no meu prato!

Esta é uma dica importante para viajantes: nem todas as experiências culinárias serão perfeitas, e isso faz parte da autenticidade da viagem. O importante é estar aberto a experimentar e respeitar a cultura local, mesmo quando o paladar não se adapta completamente. Para alternativas gastronômicas, confira nosso guia dos melhores restaurantes de Sucre.

General Cemetery: Beleza Inesperada na Morte

Após o almoço, seguimos para o Cemitério General Sucre passeio, e eu me perguntei: “Que tipo de passeio pode se fazer em um cemitério?” Mas mais uma vez, Sucre nos surpreendeu positivamente.

O General Cemetery é cheio de histórias fascinantes e se revelou uma experiência enriquecedora. Os mausoléus com arquitetura elaborada, as esculturas artísticas e as histórias gravadas nas lápides contam a história de famílias importantes de Sucre e da própria evolução da cidade.

É um local de contemplação e reflexão que nos fez pensar sobre a vida, a morte e o legado que deixamos. Muitas personalidades históricas bolivianas estão sepultadas ali, e caminhar entre os túmulos é como folhear as páginas de um livro de história a céu aberto.

Para quem se interessa por turismo histórico e cemitérios famosos da América Latina, este é um destino imperdível.

No nosso segundo dia em Sucre, decidimos mergulhar na vida cotidiana da cidade visitando o Mercado Central de Sucre. Localizado no centro histórico, entre as ruas Ravelo e Junín, este mercado é um dos principais pontos comerciais e culturais da cidade.

O Mercado Central é uma verdadeira explosão sensorial. Assim que entramos, fomos envolvidos por uma sinfonia de cores, aromas e sons que definem a essência boliviana. Bancas repletas de frutas tropicais que nunca havíamos visto, carnes frescas expostas em ganchos, especiarias que perfumavam todo o ambiente e artesanatos locais criavam um cenário caótico, mas absolutamente autêntico.

O que mais nos impressionou foi a diversidade de produtos típicos bolivianos disponíveis no mercado. Encontramos folhas de coca frescas, quinoa de diferentes variedades, batatas andinas em formatos e cores que desafiavam nossa imaginação, e pimentas locais de intensidades variadas. Segundo o National Geographic, os mercados bolivianos são “janelas autênticas para a cultura e tradições milenares do país”.

As vendedoras, na maioria mulheres indígenas trajando roupas coloridas e chapéus bowler característicos, nos receberam com sorrisos calorosos e paciência infinita para explicar cada produto. Foi uma verdadeira aula de cultura boliviana ministrada por quem vive e respira essas tradições diariamente.

A seção de comida foi uma aventura à parte. Provamos api (bebida quente à base de milho roxo), tucumanas (pastéis assados recheados), e sorvete de canela que nos surpreendeu pela combinação única de sabores. Cada bite era uma descoberta, cada gole uma nova experiência.

Convento San Felipe de Neri: Tesouros Coloniais à Tarde

Aproveitando que o Convento San Felipe de Neri só abre à tarde, programamos nossa visita para o final do segundo dia. Que decisão acertada! Este convento do século XVIII se revelou um verdadeiro tesouro arquitetônico e histórico escondido no coração de Sucre.

O Convento San Felipe de Neri foi fundado em 1795 e representa um dos exemplos mais bem preservados da arquitetura colonial religiosa na Bolívia. Ao atravessarmos suas portas de madeira maciça, fomos transportados diretamente para o período colonial. Os corredores com arcadas, pátios internos com jardins e células monásticas contam a história de séculos de vida contemplativa.

O destaque absoluto da visita foi subir ao terraço do convento. De lá, tivemos uma perspectiva única da cidade de Sucre – diferente do Mirador de La Recoleta, mas igualmente impressionante. O terraço oferece uma vista privilegiada da Plaza 25 de Mayo e dos edifícios coloniais circundantes, permitindo apreciar os detalhes arquitetônicos que passam despercebidos quando estamos ao nível da rua.

Segundo a Fundação do Patrimônio Cultural Boliviano, o Convento San Felipe de Neri “representa uma das joias da arquitetura colonial boliviana e um testemunho vivo da influência franciscana na região”. As obras de arte sacra, retábulos dourados e pinturas coloniais que decoram o interior do convento são de valor histórico e artístico inestimável.

A experiência de caminhar pelos mesmos corredores onde monges caminharam por séculos nos conectou profundamente com a história espiritual de Sucre. A paz e tranquilidade que emanam das paredes centenárias proporcionaram um momento de reflexão perfeito para encerrar nossos dias na Cidade Branca.

O Imprevisto que Mudou Nossos Planos

Nosso planejamento inicial era partir para Uyuni naquela mesma noite às 21:00h via transporte Bolívia ônibus. Chegamos à rodoviária de Sucre cheios de expectativa, mas descobrimos que a realidade é diferente dos canais de viagem do YouTube: foi impossível comprar passagem na hora.

Diferente do que víamos online, não conseguimos embarcar no ônibus para Uyuni, mas este “problema” se transformou na maior benção da nossa viagem. Decidimos voltar ao hotel e passar mais um dia inteiro em Sucre, comprando a passagem para o dia seguinte (29/03) às 21:00h.

Para evitar essa situação, recomendo sempre comprar passagens com antecedência através do Tickets Bolivia ou consultar nosso guia completo de transporte na Bolívia.

Mais Um Dia de Descobertas na Cidade Branca

Dormimos tranquilos, acordamos descansados e tomamos mais um café maravilhoso no Hotel Mi Pueblo Samary. A vista matinal dos telhados marrons de Sucre com a luz dourada do amanhecer era algo que podíamos contemplar sem pressa, sem a correria de ter que partir naquele dia.

Saímos para passear mais um pouco pela cidade, aproveitando cada esquina, cada rua de paralelepípedo, cada fachada branca que fazia jus ao apelido de Cidade Branca. Foi neste dia extra que realmente nos conectamos com Sucre – não mais como turistas apressados, mas como pessoas que estavam permitindo que a cidade revelasse seus segredos no seu próprio ritmo.

Aproveitamos para visitar algumas atrações gratuitas de Sucre que não tínhamos conhecido nos dias anteriores.

A Solução Para o Medo de Viajar

Se você, assim como nós antes desta viagem, tinha medo de sair da zona de conforto, de não conseguir se comunicar em outro país, de enfrentar a altitude, ou simplesmente de descobrir que viajar para a Bolívia é mais complicado do que parece, nossa experiência em Sucre provou que:

  • A hospitalidade boliviana é real e calorosa – desde o Sr. Armando até os funcionários do hotel, todos foram receptivos
  • A barreira do idioma é menor do que imaginamos – o espanhol falado em Sucre é claro e compreensível
  • A altitude é gerenciável – com hidratação e ritmo moderado, o corpo se adapta
  • Os imprevistos podem ser oportunidades – não conseguir a passagem para Uyuni nos deu um dia extra mágico
  • Viajar é mais simples quando paramos de supercomplicar – às vezes o melhor guia é a disposição de se deixar surpreender

Sucre nos ensinou que viajar não precisa ser perfeito para ser transformador. Na verdade, são as imperfeições, os imprevistos e os momentos inesperados que tornam uma viagem verdadeiramente especial.

Para quem ainda tem receios, criamos um guia completo para superar o medo de viajar baseado em nossa experiência real.

Conclusão: Sucre, Muito Mais que um Destino

Nossa passagem por Sucre foi muito mais do que apenas uma parada no roteiro – foi uma lição de vida sobre simplicidade, beleza e autenticidade. Esta cidade de 2.810 metros de altitude, com suas fachadas brancas e telhados marrons, nos curou do medo de viajar e nos mostrou que o mundo é muito mais acolhedor do que imaginávamos.

Desde as pegadas de dinossauros de 68 milhões de anos até as réplicas europeias no Parque Simón Bolívar, cada momento em Sucre foi uma pequena descoberta que expandiu nossos horizontes. A Cidade Branca nos provou que às vezes os melhores destinos são aqueles sobre os quais sabemos menos antes de chegar.

Se você está planejando descobrir o que fazer em Sucre Bolívia, meu conselho é: vá com o coração aberto, deixe espaço para imprevistos e permita que a cidade revele sua magia no seu próprio tempo. Sucre não é apenas um destino para ser visitado – é um lugar para ser vivido.

Se deseja saber mais sobre nossa estadia na Bolívia, fique atento para o próximo artigo da nossa série, onde iremos para Santa Cruz de la Sierra e compartilharemos ainda mais descobertas incríveis.

E você, qual destino dos seus sonhos ainda parece impossível? Que medos te impedem de transformar aquele sonho de viagem em realidade? Conte nos comentários – adoro trocar experiências com outros viajantes!

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Me chamo Leonardo Monteiro, Graduado em Gestão Comercial e proprietário do Instituto Brasileiro de Ensino Técnico e Profissionalizante (IBETP), que já formou mais de 10 mil alunos desde 2015. Casado com Cristiane Mariele, sou pai da Mariana e da Julia.Carioca de nascença, atuei por mais de uma década como auditor de ativos e gestor no setor farmacêutico, viajando pelo Brasil entre 2009 e 2022. Apesar da rotina intensa, foi só mais tarde que descobri o prazer de viajar com propósito: sem pressa, com emoção e liberdade.Hoje, além de educador, compartilho experiências autênticas que unem conhecimento, inspiração e transformação.
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